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Pulga de água


Classe: BranchiopodaOrdem: CladoceraFamília: DaphniidaeGénero: DaphniaNome comum: Pulga de água ou Dáfnia.



Descrição: A espécie mais comum de pulga de água é a Daphnia pulex. O nome comum deriva do facto destes animais se parecerem com as pulgas terrestres tanto em aspecto físico como nos movimentos repentinos com que se deslocam. Dáfnias são, na realidade, crustáceos aquáticos cujo tamanho varia entre 0,2mm e 3,0mm. O seu corpo não é distintamente segmentado, mas consiste numa carapaça em forma de concha dobrada ao meio e aberta no ventre. Sendo esta carapaça transparente, torna-se fácil estudar a anatomia destes animais, inclusivamente o coração (1). Como é usual com crustáceos, para crescerem descartam a carapaça velha pois esta não acompanha o crescimento. Na cabeça destes animais encontramos uma mancha escura que é um olho composto (2) e diversas antenas das quais duas são usadas para a locomoção (3). Muitas Dáfnias, incluindo D. pulex e D. magna têm um órgão sensível à luz parecido com um olho, chamado “ocellus” (4). Na parte posterior da cabeça existem mandíbulas muito difíceis de ver, que se encontram em movimento contínuo a esmagar e moer a comida. Num animal vivo conseguimos seguir o circuito da comida pelo abdómen até ao ânus situado no posterior do abdómen. Para limpar a carapaça existem duas garras cuticulares em gancho na parte posterior do abdómen (5) os finos pelos que existem nestes apêndices são muitas vezes usadas para fazer a distinção de espécies. Situadas no tórax encontramos 4 a 6 pares de pernas que, tal como nos camarões são usadas para propulsão (6). Os machos são geralmente mais pequenos e têm antenas mais compridas. O abdómen das fêmeas tem um formato diferente devido a uma bolsa onde elas guardam os ovos (7).




Habitat: Dáfnias existem em quase todos os corpos de água ricos em nutrientes, são, regra geral, organismos de água doce, embora existam algumas espécies marinhas. No habitat natural alimentam-se essencialmente de plâncton, mas podem também comer alguns organismos pequenos como protistas e bactérias. As pulgas de água são um alimento natural para muitos dos peixes que conhecemos do nosso passatempo. Como se tratam de animais pequenos e fracos, sujeitam-se à corrente que existe no seu habitat, mas em geral podemos encontrá-las perto da superfície onde há maior concentração de micro algas. Em certas alturas as dáfnias fazem um enorme esforço para nadar até ao fundo da água para se refugiar de predadores. Para não ficarem fragilizados durante a troca de carapaça, a nova carapaça cresce já por baixo da antiga e na altura de perder a armadura velha, as dáfnias enchem a nova e maior com água dando a impressão de um crescimento instantâneo que em jovens pode ser muito notável pois podem aumentar para o dobro do tamanho. Mais tarde essa água é substituída por novo tecido. Ciclomorfose chama-se à capacidade de organismos poderem mudar a sua forma física. Em várias espécies de dáfnias foi detectada ciclomorfose induzida por variações de temperatura e pela presença de predadores. Desta forma podem tornar-se inviáveis para alimento. O tamanho de dáfnias está muitas vezes relacionado com os predadores existentes no mesmo habitat. São mais pequenas ou maiores para diminuir as hipóteses de serem comidas - quando os peixes no habitat são adultos as dáfnias tendem a ser mais pequenas para serem menos visíveis aos peixes e na época de reprodução, quando há muitos alvins as dáfnias são maiores para não serem comidas pelos pequenos alvins. Estas alterações ciclomórficas impedem, no entanto a reprodução das dáfnias.A captura de dáfnias para a aquariofilía é capaz de prejudicar algumas espécies limitadas a certos locais, mas regra geral a imensa variedade deste animal não é ameaçada. Ocasionalmente um boom populacional destes crustáceos pode acarretar um elevado consumo de oxigénio que irá eventualmente prejudicar a fauna local. Daphnia ssp. estão na base de muitas cadeias alimentares e são por isso animais ecologicamente muito valiosos.No Aquário:Dáfnias em si são úteis para controlar “lixo” microscópico e a proliferação de algumas bactérias no aquário, no entanto não devem sobreviver tempo suficiente para o fazer porque são consideradas uma excelente comida viva para a maior parte dos peixes que temos nos nossos aquários. Uma boa escolha para quem faz criação de peixe é deixar as Dáfnias no aquário de criação dos alvins, porque de um modo geral elas purificam a água aumentando assim a taxa de sobrevivência da criação de peixes. Eventualmente servirão de alimento aos peixinhos que entretanto crescem. É a ironia da vida.



Daphnia spp.Classe: BranchiopodaOrdem: CladoceraFamília: DaphniidaeGénero: DaphniaNome comum: Pulga de água ou Dáfnia.Anatomia da Daphnia (Fêmea) – Fotografia retirada de http://www.caudata.org/daphnia/Descrição: A espécie mais comum de pulga de água é a Daphnia pulex. O nome comum deriva do facto destes animais se parecerem com as pulgas terrestres tanto em aspecto físico como nos movimentos repentinos com que se deslocam. Dáfnias são, na realidade, crustáceos aquáticos cujo tamanho varia entre 0,2mm e 3,0mm. O seu corpo não é distintamente segmentado, mas consiste numa carapaça em forma de concha dobrada ao meio e aberta no ventre. Sendo esta carapaça transparente, torna-se fácil estudar a anatomia destes animais, inclusivamente o coração (1). Como é usual com crustáceos, para crescerem descartam a carapaça velha pois esta não acompanha o crescimento. Na cabeça destes animais encontramos uma mancha escura que é um olho composto (2) e diversas antenas das quais duas são usadas para a locomoção (3). Muitas Dáfnias, incluindo D. pulex e D. magna têm um órgão sensível à luz parecido com um olho, chamado “ocellus” (4). Na parte posterior da cabeça existem mandíbulas muito difíceis de ver, que se encontram em movimento contínuo a esmagar e moer a comida. Num animal vivo conseguimos seguir o circuito da comida pelo abdómen até ao ânus situado no posterior do abdómen. Para limpar a carapaça existem duas garras cuticulares em gancho na parte posterior do abdómen (5) os finos pelos que existem nestes apêndices são muitas vezes usadas para fazer a distinção de espécies. Situadas no tórax encontramos 4 a 6 pares de pernas que, tal como nos camarões são usadas para propulsão (6). Os machos são geralmente mais pequenos e têm antenas mais compridas. O abdómen das fêmeas tem um formato diferente devido a uma bolsa onde elas guardam os ovos (7). Dáfnia e Cyclops – Cyclops (Cyclops scutifer) são muitas vezes confundidas com Dáfnias a olho nu, tratam-se, no entanto de animais completamente diferentes.Habitat: Dáfnias existem em quase todos os corpos de água ricos em nutrientes, são, regra geral, organismos de água doce, embora existam algumas espécies marinhas. No habitat natural alimentam-se essencialmente de plâncton, mas podem também comer alguns organismos pequenos como protistas e bactérias. As pulgas de água são um alimento natural para muitos dos peixes que conhecemos do nosso passatempo. Como se tratam de animais pequenos e fracos, sujeitam-se à corrente que existe no seu habitat, mas em geral podemos encontrá-las perto da superfície onde há maior concentração de micro algas. Em certas alturas as dáfnias fazem um enorme esforço para nadar até ao fundo da água para se refugiar de predadores. Para não ficarem fragilizados durante a troca de carapaça, a nova carapaça cresce já por baixo da antiga e na altura de perder a armadura velha, as dáfnias enchem a nova e maior com água dando a impressão de um crescimento instantâneo que em jovens pode ser muito notável pois podem aumentar para o dobro do tamanho. Mais tarde essa água é substituída por novo tecido. Ciclomorfose chama-se à capacidade de organismos poderem mudar a sua forma física. Em várias espécies de dáfnias foi detectada ciclomorfose induzida por variações de temperatura e pela presença de predadores. Desta forma podem tornar-se inviáveis para alimento. O tamanho de dáfnias está muitas vezes relacionado com os predadores existentes no mesmo habitat. São mais pequenas ou maiores para diminuir as hipóteses de serem comidas - quando os peixes no habitat são adultos as dáfnias tendem a ser mais pequenas para serem menos visíveis aos peixes e na época de reprodução, quando há muitos alvins as dáfnias são maiores para não serem comidas pelos pequenos alvins. Estas alterações ciclomórficas impedem, no entanto a reprodução das dáfnias.A captura de dáfnias para a aquariofilía é capaz de prejudicar algumas espécies limitadas a certos locais, mas regra geral a imensa variedade deste animal não é ameaçada. Ocasionalmente um boom populacional destes crustáceos pode acarretar um elevado consumo de oxigénio que irá eventualmente prejudicar a fauna local. Daphnia ssp. estão na base de muitas cadeias alimentares e são por isso animais ecologicamente muito valiosos.No Aquário:Dáfnias em si são úteis para controlar “lixo” microscópico e a proliferação de algumas bactérias no aquário, no entanto não devem sobreviver tempo suficiente para o fazer porque são consideradas uma excelente comida viva para a maior parte dos peixes que temos nos nossos aquários. Uma boa escolha para quem faz criação de peixe é deixar as Dáfnias no aquário de criação dos alvins, porque de um modo geral elas purificam a água aumentando assim a taxa de sobrevivência da criação de peixes. Eventualmente servirão de alimento aos peixinhos que entretanto crescem. É a ironia da vida.Cabeça de uma Daphnia – Fotografia retirada de http://www.stetson.edu/~kwork/daphnia%20pulex%20head.jpgReprodução:O tópico de reprodução destes animais é sem dúvida o mais fascinante, na minha opinião. As dáfnias reproduzem-se de duas formas distintas, uma sexuada e outra assexuada. Ao processo de reprodução assexuada, isto é sem a intervenção de gâmetas (células sexuais) machos chamamos partenogénese. Esta ocorre normalmente no verão quando as condições são ideais. Depois de uma mudança de carapaça aparecem entre 2 e 20 ovos na bolsa que as fêmeas têm no abdómen e na próxima mudança de carapaça estes ovos já desenvolvidos para pequenos clones da mãe são largados. Estes novos animais nascem já muito desenvolvidos e poucos dias depois já serão capazes de ter uma ninhada própria. A partenogénese aumenta exponencialmente o tamanho da colónia, durante este período há poucos machos. Em épocas frias com pouco alimento a reprodução sexuada produz ovos que são largados no fundo onde podem sobreviver em desenvolvimento suspenso durante até 20 anos em gelo e seca até as condições estarem mais favoráveis. Normalmente é na próxima primavera que estes ovos eclodem.O Garrafão para criação – água do aquário e ainda lá deitei algumas plantinhasCriação:Basta tirar o topo de um garrafão de 5 litros e enchê-lo de água do aquário (sem cloro). Juntando algum fertilizante para plantas e colocando o conjunto ao sol aparecem esporos de algas aerotransportados que tornam a água verde. Esta água é o melhor meio para criar estes animais com sucesso. Em alternativa podemos alimentá-los com leite em pó, levedura desactivada ou com a porcaria que aspiramos do aquário. Dáfnias não procuram comida activamente mas filtram continuamente a água usando o movimento das suas patas e direccionam assim partículas de comida retidas para a boca. Dáfnias não comem, no entanto qualquer tipo de algas. Algas azuis são muito rijas para serem comidas e algas filamentosas são prejudiciais à saúde das dáfnias. Em suma, Daphnia sp. é principalmente detritívora e herbívora, porém existem algumas espécies que comem outras pulgas de água.São muito resistentes e não precisam de nenhum cuidado especial. Podemos mesmo esquecer o garrafão depois de lhe juntarmos alguns animais e pouco tempo depois teremos uma colónia. Para garantir a qualidade genética da nossa colónia aconselho a juntar novos animais de vez em quando. Desta colónia podemos tirar alguns animais com uma rede fina para os passar para o aquário. Pulgas de água conseguem apanhar-se com alguma facilidade na natureza bastando para isto arrastar uma rede fina (rede para plâncton) por um corpo de água natural. Algumas lojas também vendem dáfnias como alimento vivo